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Espaguete Napolitano
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Espaguete Napolitano

Espaguete Napolitano. Receita testada do livro da Tia Evelina, publicado em 1948. Lembrando sobre... 💡A ideia| Em 4 de fevereiro de 2019, dei início aqui no blog a um "desafio" muito saboroso: de realizar todas as receitas do Livro de Receitas da tia Evelina. ✔ O desafio consistia em fazer, experimentar e comentar com vocês as receitas do livro "As receitas da tia Evelina", livro publicado no Brasil em 1948, numa realidade bem diferente da nossa, naquela época não havia facilidades da internet. Então, os livros eram fundamentais para quem desejava cozinhar. 📖 O livro da tia Evelina, tem mais de 500 páginas em capa dura e seu conteúdo versa sobre receitas doces e salgadas bem como cardápios de almoço e receitas pra jejum da Quaresma. Inclusive, eu já fiz uma receita completa de almoço, que ficou muito saborosa. Estou achando que estas receitas da tia Evelina, são um verdadeiro achado da culinária! A receita de hoje é o Espaguete Napolitano, seguindo o fluxo dos textos no Instagram sobre as pastas eu não poderia deixar de fazer uma receita histórica, não é verdade? Espaguete Napolitano. Ingredientes. 250 g de macarrão tipo espaguete. 150 gramas de bacon. 2 cebolas grandes 1 colher de chá de açúcar. 1 colher de manteiga. 1 pacote de queijo parmesão ralado. 2 colheres de polpa de tomate. 1 xicara de água quente. Modo de fazer: passo-a-passo. 1. Cozinhe o macarrão conforme instruções da embalagem em água e sal. 2. Triture o bacon com a cebola e leve ao fogo baixo para dourar, mexendo de vez em quando. Assim, que estiver dourado acrescente a polpa de tomate dissolvida na xícara de água quente, a manteiga e o açúcar. Deixe cozinhar por 10 minutos. 3. Coloque o macarrão numa travessa, acrescente o molho e salpique bastante queijo ralado por cima. Sirva. . . . Na minha experiência aqui eu digo: 1. Não deixem de fazer essa receita! É maravilhoso! #foodhistory #receitahistórica #tiaevelina #history #daquiloquesecome
Bolo de D. Rita.
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Glossário da Alimentação Paraense: Aluá.
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Glossário da Alimentação Paraense: Aluá.

Vicente Salles, tem um livro fundamental a meu ver sobre palavras de origem africana ao falar amazônico. Acho importante especialmente porque nos possibilita entender o mundo da alimentação também. Serafim da Silva Neto nos dizia que "A língua é um produto social, é uma atividade do espírito humano". (1)O livro intitulado Vocabulário Crioulo: contribuição do negro ao falar regional amazônico. É uma obra fantástica. Então, hoje vamos começar outra palavra da série de Glossário Paraense. E a palavra é... "Aluá, Bebida feita de milho verde, temperado com gengibre e adoçado com rapadura. A composição varia, mas o refresco é, de qualquer forma, apetecido geralmente nas quadras juninas".(2) E ainda, " Há também o A. de macaxeira, indicado por M.Y. Monteiro: " Apesar de costumeiramente fazer-se aluá de milho e de abacaxi, tratamos aqui da bebida feita de farinha de mandioca ou de macaxeira, posta de molho nágua para fermentar durante sete dias, quando se adoça com açúcar mascavo ou caldo de cana e erva-doce". (3) Segundo Obenga "a notícia da existência de um cerveja de milho fabricada no Reino do Congo no Séc. XVIII, e que era conhecida sob os nomes de vuallo e ovallo". (4) No Pará, o Aluá era muito presente e no mês junino fazia a alegria por aqui. . . . 💬✍🏽 E você já tomou Aluá? Me conta!!! . . . ✍🏽📚 Referências. 📸 A. MENDES, Apud. (1942:20) p. 52. (1) (2) Salles, Vicente. Vocabulário crioulo: contribuição do Negro ao falar regional amazônico. Belém: IAP, Programa Raízes, 2003.p. 51. (3) Apud, (1963: 56), p. 52. (4) Apud, (1985: 34-35), p. 53. 📸 Cozinha Típica regional do Pará. S/d ID 17491; 17496;17488. Acervo dos trabalhos de Campo. In: biblioteca.ibge.gov.br 🔖Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. François, Débora, Paris; Madame Morize, Paris; Robert Heymann, Paris; Raymundo De Castro Maya Rio de Janeiro. In: Debret e o Brasil, obra completa. Julio bandeira e Pedro Corrêa do lago. Nova Edição Revisada e Ampliada. Editora Capivara, 2013. Querino, Manuel. A arte culinária na Bahia: Editor: Salvador: Livraria Progresso: 1957.
Macarrão à Alemã
05:48

Macarrão à Alemã

As receitas são também um retrato do contexto daquela época e da sociedade, através dos ingredientes e das formas de preparo é possível identificar todas as misturas e influências ao longo de seu processo histórico.(1) A coluna Menu de Madame era voltada para a mãe, a mulher da casa, socializando receitas. Importante dizer que a coluna do jornal Folha do Norte pode ser compreendida à luz das explanações de Maluf & Mott, quando demonstram a constituição de um padrão pelo qual a sociedade, nas primeiras décadas do século XX, construiu para o papel da mulher como mãe de família. Um discurso que era elaborado a partir do papel de mãe, esposa e dona de casa. (2) A historiadora Maria Cecília Pilla ao analisar os manuais de administração do lar e livros de cozinhas que circulavam no Brasil da virada do século XX até meados de 1960 observou que os mesmos apresentavam uma estrutura voltada para a ideia de “rainha do lar” ou a dona-de- casa, como aquela que pode governar sua casa e desta forma sua cozinha. Neles tem-se a ideia de que a cozinha aparece como principal parte da casa sendo nela que ao fazer a comida cria-se toda uma harmonia da casa.(3) A coluna Menu de Madame foi publicada durante todo o ano de 1950, no jornal Folha do Norte. A coluna tem início em 30 de abril daquele ano e surge com quatro receitas. (4)Volta a aparecer novamente em 7 de maio de 1950.(5) Na publicação de 14 de maio, as receitas aumentam para cinco descrições, quantidade que mantêm-se até o fim do ano, o que demonstra que havia interesse do público na dita coluna, pois, ela não apenas manteve-se por todo o ano com regularidade como também passa a aumentar o número de receitas. Em 6 de agosto a coluna aparece com certo destaque, com título em letras maiores e em duas colunas; na publicação de 20 do mesmo mês, a coluna ganhou uma ilustração, sendo apresentada com a imagem de uma mulher bem vestida e elegante, a personificação da Madame, segurando uma colher com um alimento, que ela preparava na panela a ferver e de onde saía uma misto de fumaça e aroma. Na outra mão ela segurava a tampa da panela, com jeito de quem sabia e dominava as técnicas da cozinha.(6) Macarrão à Alemã. 500 g de macarrão espaguete. 200 gramas de queijo parmesão. 200 gramas de presunto. Farinha de rosca. 100 gramas de manteiga derretida. 1 xícara de leite quente. 6 ovos. Modo de Fazer: 1. Cozinhe o macarrão em água e sal. 2. Num pirex, unte com manteiga e salpique com farinha de rosca. Reserve. 3. Coloque uma camada de macarrão, salpique o presunto, queijo. 4. Cubra com manteiga derretida, o leite quente. 5. Bata as claras em neve e misture as gemas batidas. Coloque por cima do macarrão e leve ao forno médio, pré-aquecido, por 30 minutos. Sirva em seguida. . . . 📚✍🏽 Referências. (1) MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira de. Menu de Madame: influências lusitanas na alimentação em Belém, Pará, Brasil, Revista Brasileira de Gastronomia, Florianópolis, v. 1, n. 1, p.74-96,jul./dez. 2018.DOI: http://dx.doi.org/10.34181/rbg 2018.v1n1.p, 74-96. (2) MALUF, Marina & MOTT, Mária Lúcia. Recônditos do mundo feminino. In: SEVCENKO, Nicolau. (Org.) História da vida privada no Brasil: da belle époque à era do rádio. Vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Em relação a questões acerca de um ideário feminino e do no Pará ver: CANCELA, Cristina. Destino cor de rosa, tensão e escolhas: os significados do casamento em uma capital amazônica (1870-1920). Cadernos Pagu(30), 2008, p. 301-328. (3) PILLA, Maria Cecília. Labores, quitutes e panelas: Em busca do Lar Ideal. In: Cadernos Pagu (30), janeiro-junho de 2008. pp. 329/343. (4) Folha do Norte,30 de abril de 1950, p. 07. (5) (6)Folha do Norte,7 de maio de 1950, p. 07.
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Fotografia de natureza morta

Daquilo que se Come

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