Sobre o arraial em Belém, De Campos Ribeiro, nos diz que: "No arraial, iluminado a querosene, embandeirado de ponta a ponta, barraquinhas de sorte onde os prêmios (quinhentos réis cada papelinho) (...) Abundam os tabuleiros de tacacá, de cariru, das doceiras que vendiam por um tostão uma cocada ou uma fatia de bôlo de macaxeira e por um vintém cada rebuçado de gengibre. Nos carrinhos, uma gengibre ou um refresco de irreconhecível sabor por um tostão. (1) Ele ainda nos conta que: " Entre as manifestações da alegria popular em nossa terra, nenhuma tanto apaixonava a alma do povo quanto as festas juninas, chamadas há cousa de cinquenta anos Joaninas" (...) A cidade trescalava das ervas de junho". (2) Eu fico sonhando com estas festas antigas, com a Belém das barraquinhas de comida e da cidade que cheirava a banho de cheiro...
.
.
.
E como dizia Eneida de Assis "Nos fogões e nas fogueiras - as mesmas que iriam iluminar a noite do santo, - a grande lata fervendo. São João ia chegar encontrando nossos corpos perfumados, prontos nossos corações para a felicidade". (3) E no final é somente isso que precisamos... corações prontos para a felicidade...
.
.
.
📚✍🏽 Referências.
🎨 "Festa de São João" Anita Mafaltti. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. Uso Educacional.
(1)(2) DE Campos Ribeiro, Gostosa Belém de Outrora. Belém, 1916. p. 60-101.
(3) Eneida de Moraes. Aruanda Banho de Cheiro. Lendo o Pará, 1989, p. 71.
Comments