“Das bancas de peixe frito e cachaça de Abaeté, das palmeiras e guarás cobrindo de cor no pretume das cuias pitingas, das
tacacazeiras à tardinha, do camarão seco boiando no sumo de ouro da mandioca brava, do açaí e do tabuleiro de pupunha, do sorvete de bacuri e do doce de cupuaçu, do carinho de raspa-raspa, do olho de sogra e da tapioquinha de coco, do jambu e da alfavaca, da pimenta de cheiro e da chicória, do pato e da maniçoba, do casquinho de muçuã e da unha de caranguejo, do picadinho de tartaruga e do tamuatá cascudo, da pratiqueira e da piramutaba (...), do caribé do doente e do chibé com pirarucu de brasa”.(1) A descrição de Belém é tão marcante na escrita do memorialista Alfredo Oliveira, que qualquer morador da cidade ao lê-la reconhece a Belém por ele descrita; a partir de seus costumes alimentares. Belém tem uma rica cultura alimentar assentada nas práticas ancestrais e que ao longo do tempo se configura como uma Cozinha Mestiça de sabores únicos e próprios. (2) A cozinha em Belém é de herança indígena. Uma cozinha com elementos da floresta que mantém na sua base a estrutura dos ingredientes e técnicas de preparo de povos indígenas. Mas, sobretudo, ganha ao longo da sua História novas trocas culturais.
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🎉🎉 Belém, Feliz 406 anos!!!🎉🎉
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📚✍🏽 Referências.
📸 Do acervo da autora.
📸 https://fauufpa.org/2012/05/31/a-colaboracao-do-site-fragmentos-de-belem/
(1) OLIVEIRA, Alfredo. Belém, Belém. São PAULO: Empíreo, 2015, p. 32.
(2)(3) Macêdo, Sidiana da Consolação Ferreira de. A Cozinha Mestiça uma história da alimentação em Belém. (Fins do século XIX e início do século XX). PPGHIST. UFPA, 2016. p. 77
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8849 p.12
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