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Belém, 407 anos.

Em 1928, Manuel Bandeira escreveu um poema sobre Belém, intitulado Bembelelém, no poema ele descreve de forma muito poética o Bem que Belém é para todos àqueles que por aqui passam e toda saudade que ela deixa. Eu sou apaixonada por Belém, em seus detalhes, cores, histórias e muitos sabores. Tenho muita convicção que quem vai embora de Belém, nunca a esquece, como declama Bandeira: "Nunca mais me esquecerei das velas encarnadas Verdes Azuis Da doca de Ver-o-Peso". E assim dizia: "Bembelelém


Viva Belém!


Belém do Pará porto moderno integrado na equatorial


Beleza eterna da paisagem


Bembelelém


Viva Belém!


Cidade pomar


(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de delinqüente:


O apedrejador de mangueiras.)


Bembelelém


Viva Belém!


Belém do Pará onde as avenidas se chamam Estradas:


Estrada de São Jerônimo


Estrada de Nazaré


Onde a banal Avenida Marechal Deodoro da Fonseca de todas as cidades do Brasil


Se chama liricamente


Brasileiramente


Estrada do Generalíssimo Deodoro


Bembelelém


Viva Belém!


Nortista gostosa


Eu te quero bem.


Terra da castanha


Terra da borracha


Terra de biribá bacuri sapoti


Terra de fala cheia de nome indígena


Que a gente não sabe se é de fruta pé de


pau ou ave de plumagem bonita.


Nortista gostosa


Eu te quero bem.


Me obrigarás a novas saudades


Nunca mais me esquecerei do teu Largo da Sé


Com a fé maciça das duas maravilhosas igrejas barrocas


E o renque ajoelhado de sobradinhos coloniais tão bonitinhos


Nunca mais me esquecerei


Das velas encarnadas


Verdes Azuis


Da doca de Ver-o-Peso


Nunca mais


E foi pra me consolar mais tarde


Que inventei esta cantiga:


Bembelelém


Viva Belém!


Nortista gostosa


Eu te quero bem.


Belém, 1928.


Viva Belém,  nos seus 407 anos!!!


Viva a nortista mais charmosa e gostosa!!!


Viva  a "Terra da castanha


Terra da borracha


Terra de biribá bacuri sapoti


Terra de fala cheia de nome indígena". De Terra de fala cheia, [muito cheia] de nome indígena".


Parabéns minha Belém!!!!


.


.


.


📚✍️🏽 Referências.

📸Ver-o-peso; por Dmitri Kessel (Abril de 1957). https://pin.it/7aBDFDi

Cais do Mercado Ver-o-Peso : Belém, PA – (19–) @IBGEcidades

BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 6. ed. Rio de Janeiro: Sabiá, 1961. p. 75-77.

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