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Foto do escritordaquiloquesecome

Casquinho de caranguejo.



Desde as últimas décadas do século XIX, em Belém, os restaurantes propriamente ditos, como conhecemos hoje,

começaram a surgir no cenário da cidade. "Fazendo propaganda de seus serviços por meio de anúncios na imprensa periódica paraense, davam a conhecer aos seus clientes os seus cardápios, os quais são importantes fontes para o estudo da história da alimentação, sendo reveladores das mudanças de hábitos alimentares e, portanto, nas formas de consumo dos alimentos. E nestes cardápios o casquinho de caranguejo é destaque ao lado de outros pratos também muito consumidos". (1)Modelar nesse sentido é o cardápio do Café Chic que, em 14 de agosto de 1887, oferecia aos seus fregueses os seguintes pratos: “Salada à phantasia.

Sopa de frango à la princeza.

Peixe de forno à brazileira.

Dito cozido à portuguesa.

Fritada de Camarão fresco.

Dita de carangueijo (...)Roastbife à ingleza.

Casquinho de carangueijo. (2) Esse era um petisco muito apreciado, Leandro Tocantins nos fala ainda que "Existem casas de Família em Belém que conservam nos armários casquinhos vazios, guardando como se guarda porcelana. Para tê-los a serviço dos pitéus a qualquer momento". (3)

Já Osvaldo Orico, grande escritor da alimentação na Amazônia, nos diz que: "Existem os casquinhos: de siri, de carangueijo, de muçuã (...) Em muitos bares e restaurantes típicos é fácil encontrar à venda casquinhos de caranguejo. E vale a pena comê-los (..)". Para essa iguaria Orico nos diz que leva "molho de tomate, sal, alho e pimenta-de-cheiro e limão, com que se fará o refogado; em encher os casquinhos, pondo-lhe por cima uma leve capa de farinha torrada na manteiga e uma azeitona no meio. E pronto". (4) De dar água na boca.

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💬 E você que é de Belém me diz onde comer um casquinho de caranguejo imperdível? Pra quem mora em outro Estado me indica um casquinho maravilhoso pra provar na sua cidade?

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📚✍🏽 Referências.

📌 Lembramos que se você faz uso dos meus textos, peço que dê os créditos e faça a citação. Afinal, aí reside a riqueza da literatura bibliográfica: a sua diversidade de obras.

🛎O conteúdo deste blog está protegido pela lei n° 9.610 datada de 19-02-1998. Ao utilizá-los, não se esqueça de dar os créditos.

(1)Macêdo, Sidiana da Consolação Ferreira de. A Cozinha Mestiça uma história da alimentação em Belém. (Fins do século XIX e início do século XX). PPGHIST. UFPA, 2016. p. 226.

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8849

(2) Diário de Notícias, 14 de agosto de 1887, p. 1.

(3) Leandro Tocantins. Santa Maria de Belém do Grão-Pará instantes e evocações da cidade. 3 ed. Editora Itatiaia Limitada. Belo Horizonte. 1987, p, 312.

(4) ORICO, Osvaldo. Cozinha Amazônica. Belém: Universidade Federal do Pará, 1972, p, 42.

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