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Castanha-do-Pará.




A castanha do Pará, tradicionalmente e historicamente conhecida por esse nome desde os primeiros relatos sobre esse tipo de castanha foi-lhe dada o nome de Castanha-do-Pará,  ela era inclusive  exportada com essa denominação desde o século XVIII. Segundo o viajante Kidder, quando de viagem pelo Pará, no século XIX,  a castanha do Pará era verdadeiramente deliciosa. Em minha dissertação de mestrado (1), em que analiso vários dos produtos de abastecimento e exportação do Pará, a castanha aparecia como um dos mais importantes produtos alimentares de origem extrativista, no tocante ao consumo local. Em 1859, outro viajante, o Avé-Lallemant exaltava que: "As castanhas são nozes triangulares (...) Extrai-se delas também um óleo excelente, como fa por exemplo na cidade do Pará o vice-consul suíço (...) que mandou vir para isso uma pequena máquina a vapor". (2) Mas, é importante e fundamental dizer que esse tipo de castanha não era encontrado apenas no Pará. Segundo Raimundo Morais, haviam "exemplares isolados, medra aos grupos, socialmente,  na bacia do Amazonas, Tocantins, seus afluentes e confluentes".(3) Nas minha pesquisas foi possível mapear os seguintes locais que exportaram a castanha  no ano de 1858, no século XIX: Manaus, Serpa e Fonte Boa da Província do Amazonas e Óbidos, Santarém e Gurupá da Província do Pará. (4)  Naquele ano, estas localidades que pertenciam as Províncias do Amazonas e do Pará enviaram a quantia de 1.736 alqueires de castanhas para exportação, uma quantidade alta se formos comparar com outros produtos e para o período de um ano apenas. E você gosta? Como conhece essa castanha? ...


💬 To be continued......


📚✍️🏽 Referências.

🛎O conteúdo deste blog está protegido pela lei n° 9.610 datada de 19-02-1998. Ao utilizá-los, não se esqueça de dar os créditos. 📸 Canva. 📸 (1)(4) MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira de. Do que se come: uma história do abastecimento e da alimentação em Belém, 1850-1900. São Paulo: Alameda, 2014. p, 99. (2) AVÉ-LALLEMANT, Robert. No Rio Amazonas. Trad. Eduardo de Lima Castro. Belo Horizonte:Itatiaia, São Paulo: Edusp, 1980, p. 146. (3) Morais,  Raimundo.  O meu dicionário de cousas da Amazônia.  Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2013, p, 55.

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