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Farinha de mandioca e farofa em Paraíba.



Você sabia que existem relatos de consumo de farofa datados do século XIX, na Paraíba? E que a farinha de mandioca, tão versátil permite o consumo de diversas formas? Ribeyrolles, no século XIX, dizia que a farinha de mandioca era "elemento essencial da alimentação brasileira, como o trigo na Europa. (1) E o era sim, a farinha de mandioca era de consumo diário e muito necessário. Na Paraíba, ano de 1638, século XVII, Gaspar Barléu falava que "Das raízes desta fabricam uma farinha, que lhes serve de trigo e de pão". (2) E aqui chamo a atenção para as constantes referências sobre a mandioca relacionada ou descrita com a importância que o trigo assumia na Europa. Outros viajantes costumavam dizer que a farinha de mandioca era o "trigo" brasileiro, essa fala ocorria justamente pela presença diária da farinha de mandioca nas casas dos brasileiros. Não há dúvidas quanto à isso. A farinha de mandioca permitia ainda que dela fosse feito outros pratos e consumida de várias maneiras, na Paraíba, no ano de 1839, segundo o pastor Daniel Kidder, comia-se farofa, "usa-se muito a farinha de mandioca preparada com gordura, pimenta e vinagre, ao que chamam farofa".(3) Na fotografia, do ano de 1957, em João Pessoa, temos uma Casa de Farinha Rústica, onde é possível visualizar a roda, o ralador, muitas mandiocas no chão,  uma mulher descascando a mandioca, que seria passada no ralo. Seria uma casa de farinha familiar ou comunitária? Notem a presença de homens, mulheres e crianças que assitem o trabalho na casa de farinha.

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💬✍🏽 E você gosta de uma farofa? O que leva na tua farofa? 💭🍴

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📚✍🏽 Referências.

📸 Casa de Farinha Rústica. ID: 42276

Código de Localidade: 2507507

Município: João Pessoa; Ano: 1957. In:

https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/bibliotecacatalogoview=detalhes&id=442276 acessado em 24 de junho de 2021. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. Uso educacional. 

(1) Charles Ribeyrolles, Brasil Pitoresco, São Paulo,  Martins Editora, s.d, 2v, p. 45-46. (2) Gaspar Bornéu, História dos feitos  recentemente praticados durante oito anos no Brasil, Apud, Equipamentos, usos e costumes da Casa Brasileira, coordenadora geral da coleção Marlene Milan Acayaba; organizador do volume Carlos Alberto Zeron. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 2000, p. 132. (3) Daniel Parish Kidder, Reminiscências de viagens e permanências no Brasil,  SãoPaulo,  EDUSP/ Martins Editora, 1972, p. 122.


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