Jaques Flores, poeta e escritor paraense pseudônimo de Luís Teixeira Gomes [Eu tenho piblicado um texto sobre Jaques Flores e a construção da identidade regional, está disponível no meu site, quem quiser ler, o link está na bio], em seu livro Panela de Barro, ao descrever como deve ser servido o Pato no Tucupi, nos fala que:
"_E o jambú?
_ Bem, o jambú, que é cozido na água e se acha dentro da peneira escorrendo, está só aguardando o momento para entrar em ação (...) Então, mais que depressa, o jambú é posto dentro da panela onde se acham em amistosa união o pato e o tucupi (...)".(1) O uso do Jambu na culinária regional é tão importante que ele aparece na literatura, Luís Moreno, fez a seguinte poesia:
a cuia de tacacá.
Tomado assim de tardinha,
à sombra dos arvoredo
Chupado bem devagar.
A goma de tapioca,
O tucupí amarelo,
O rescender da pimenta
Que faz o beiço estalar!
O camarão, o jambú,
E um bocadinho de sal,
e temos pronta a bebida
Que faz a gente engordar".(2)
Segundo o livro Alimentos Regionais Brasileiros, o Jambu, cuja origem é amazônica, tem nome científico de: Spilanthes oleracea L. Mas, também atende por nomes populares como agrião-do-pará, agrião-do-norte, agrião-do-mato, agrião-da-amazônia, gambu e jambu.(3) E ainda, tem como características: "folhosa herbácea perene, com crescimento prostrado, atingindo de 20 cm a 40 cm. Na Amazônia, é encontrado em hortas domésticas e cultivado com finalidade comercial por pequenos agricultores. Produz flores amarelas e sementes abundantemente, sendo comum ocorrer nos quintais sem que se efetue seu plantio sistematizado. Em regiões com clima mais ameno, é possível seu cultivo durante o verão. Suas folhas devem estar viçosas (sem amarelados ou murchas), sem marcas de insetos ou machucados". (4) O jambú é empregado [como falei ontem] em diversos pratos regionais.
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📚✍️🏽Referências.
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🎥 Acervo Pessoal da Autora.
✍️🏽Para saber mais: Sidiana da Consolação Ferreira de Macêdo. A Comida e a Construção d euma identidade regional. Uma leitura de Jaques Flores a partir da História da Alimentação. Revista do Instituto Histórico do Pará. V.7, n.1 (2020). In: https://ihgp.net.br/revista/index.php/revista/article/view/195
(1)Jaques Flores. Panela de Barro. 2° ed. Belém: Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves; Secretária de Estado da Cultura, 1990, p, 95.
(2) Luis Moreno, Apud; Jaques Flores. op. cit; p, 135.
(3)(4) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Alimentos regionais brasileiros / Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. p, 77
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