Então, o abricó de nome científico Mammea americana L. Também é conhecido ida como nos informa Paulo Cavalcante como: "Abricó do Pará, Abricó das Antilhas - Mammee Apple, (Santo Domingo); Apricot (inglês); Apricot d'Amerique (francês); Mamey (espanhol); Mamey de Cartagena (Panamá); Mamoeiro (Cabo Verde); Ruri (Nicarágua); Zapóte Mamey (México)". (1) [Se você deseja saber sobre os locais onde ele é nativo, volta no feed dois textos atrás].
A existência de vários nomes em locais diferentes permite que possamos visualizar os diversos locais de consumo do fruto. É um fruto que permite o consumo natural, e ainda, cortado com "a polpa em fatias e deixá-la em maceração com açúcar durante durante algumas horas antes de usá-la. Em salada com outras frutas é muito apreciado, bem como na forma de licor, compota ou geleia, o que é bem reputado por conservar, por muito tempo, o sabor e aroma". (2) A.J Sampaio nos fala que: "abricó do Pará, (de que se faz doce e vinho). (3) Aqui no Pará, o abricó, torna-se ingrediente importante na fabricação de doces, em 1939, na Usina São Vicente, de propriedade de M. Santos & Filho, havia produção de doces diversos de frutas regionais como bacuri, cupuaçú, mangaba, abricó (...) muruci, buriti, banana, abacaxi e a inigualável goiabada de pura goiaba(...)". (4)O abricó, ao longo da primeira metade do século XX, é um dos insumos para a Fábrica São Vicente na elaboração de doces e compotas regionais. Mas, ao que tudo indica o abricó não era fruto apenas encontrado no Pará, em 1819, em São João Del Rei, Minas Gerais, Auguste de Saint-Hillaire, em Viagem pelo Distrito dos Diamantes e litoral do Brasil, cita o abricó, assim ele nos diz: "experimentei grande satisfação vendo em um pomar, misturado às grumixameiras (...) às bananeiras, às jabuticabeiras: macieiras, pereiras, damascos, pessegueiros, grande número de pés de abricós e castanheiros novos (...)". (5)
E você já provou algum doce ou licor de abricó?
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📚✍️🏽 Referências.
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📸 Mayara Ribeiro Ferreira, Abricó, Abaetetuba, 2022.
(1)(2)CAVALCANTE. Paulo B. Frutas comestíveis da Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Companhia Souza Cruz, 1998, p, 23/24.
(3)A.J. SAMPAIO, A Alimentação Sertaneja e do interior da Amazônia. Companhia Editora Nacional. Rio de Janeiro, 1944, p, 201. (4) Folha do Norte, 1 de janeiro de 1939, p.3. (5) Auguste de Saint-Hillaire, Viagem pelo Distrito dos Diamantes e litoral do Brasil. São Paulo, EDUSP/Itatiaia,1974. p, 112.
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