Pau-de-sebo, munguzá e festa junina em Belém.
- daquiloquesecome
- 23 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
Osvaldo Orico dizia que o que faz a cozinha amazônica única é que ela é uma cozinha ao ar livre. De fato, esse é um dos aspectos que mais eu amo em Belém.
Especialmente, no São João e também outras festividades os arraiais faziam a alegria da população. Segundo Orico, "À porta das igrejas. Na calçada dos largos. Na relva dos jardins públicos. Na esquina de certas ruas. Em qualquer ponto onde vierem pousar as tacacazeiras com as panelas amarradas em toalhas para conservar o calor ou com os fogareiros para esquentar munguzá, os bolos de milho, os beijos ou ferver as pupunhas e os piques que trazem nos paneiros".(1) Um dos arraiais mais famosos de Belém era o de Mestre Martinho, no Umarizal onde cujo brinde para quem subisse no pau-de-sebo era gordas galinhas assadas, pães-de-ló ou outro petisco cobiçado no momento. No arraial de Mestre Martinho, "Mestre Martinho fazia erguer nas redondezas de sua palhoça (...) Era o mastro de um velho navio abandonado que ele ficava na terra e no alto do qual haviam galinhas assadas, pães-de-ló ou outro qualquer petisco, servindo de chamariz para que os meninos atraídos pela gulodice, se arriscassem a escalar o pau todo ensebado". (2) toda a alegria da festa era regada com muita comidinhas, com munguzás, canjiquinhas, pamonhas e quitutes regionais. Se você for perguntar pra um avô, avó ou alguém que viveu em Belém nos idos do século XX, essa pessoa com certeza terá muitas memórias destas festas juninas que eram sempre regadas com muita comida. 🌽🎊
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💬E você? Qual sua memória gustativa mais marcante do mês de junho? 🌽🍀💬
Me conta, vai!
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📚✍🏽Referências.
(1)(2)📸 Vinheta Q. Campofiorito. In: Osvaldo Orico, Cozinha Amazônica (uma autobiografia do paladar) Universidade Federal do Pará, 1972. p. 51-53.
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