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Pirarucu de Casaca.

E o pirarucu de casaca você conhece?

Prato típico da região Norte,  pode ser encontrado em Manaus, Acre e Belém. Em Belém, o prato chamado de pirarucu de casaca também é chamado de pirarucu à casaca em outras regiões. A base é o pirarucu seco/salgado. [Dessalgado] Na cidade de Belém, geralmente,  os ingredientes para o pirarucu de casaca são: pirarucu seco/salgado [Que deve ser dessalgado, muito comum a dessalgade uma dia para outro] banana da terra, cebola, chicória, coentro, cebolinha, azeite, farinha de mandioca, ovo cozido, pimenta de cheiro. É uma delícia. Importante dizer que se para Belém o consumo do pirarucu salgado era maior que o do pirarucu fresco, em outras regiões do Pará e no Amazonas e interiores, o pirarucu fresco também era bastante consumido, especialmente, nas regiões onde havia atividade pesqueira do pirarucu. José Veríssimo sobre a realidade na Amazônia em fins do século XIX, nos explica que: "(...) o pirarucú é a base da alimentação amazônica. Representa ali, região (....) o papel que a carne secca faz no Sul do paiz ou o bacalháo entre as populações pobres da Europa e da America do Norte . Elle


é o nosso bacalháo(...)".(1) E ainda, "Fresco ou salgado é magnífico. A ventrecha é um petisco. A cabeça moqueada – deliciosa. As peças secas ao sol chamam-se postas e também mantas. Pescam-no de frecha, arpão e rede. A língua seca é uma grosa onde se ralam guaraná, madeira, tubérculos. As escamas servem de lixa. Choca os ovos nas guelras e cria os filhos sob os opérculos. A salga do pirarucu nos lagos é muito interessante, reveladora de hábitos, costumes, inteligência do caboclo".(2)

A máxima era a frase: "do pirarucu tudo se aproveita". Fresco ou salgado o pirarucu era uma das bases da alimentação na Amazônia.

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📚✍️🏽Referências.

🛎O conteúdo deste blog está protegido pela lei n° 9.610 datada de 19-02-1998. Ao de utilizá-los, não se esqueça de dar os créditos.

📸 Sidiana Macêdo, janeiro de 2023. Acervo pessoal.

(1)(2)José Veríssimo, A pesca na Amazônia. Universidade Federal do Pará, 1970. p, 28;137.

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