top of page
Foto do escritordaquiloquesecome

Pupunha.

Atualizado: 22 de fev. de 2023

A pupunha aparece em Santa Maria de Belém do Grão-Pará, de Dalcídio Jurandir: "(...) As quatro mulheres deliberaram. Libânia, entre partir lenha na cozinha e escutar o que conversavam, cadê sossego? Ia e vinha, sorrateira, disfarçada, comendo pupunha.(...)".(1)

Ou seja, o "disfarçada comendo pupunha" era  "a deixa" para Libânia ouvir a conversa. Mas, é acima de tudo um uso que o autor faz de um hábito alimentar tão enraizado nas casas e nas famílias no Pará.


A pupunha é um fruto que tem tamanhos,  cores e formato variáveis. As pupunhas [do video de ontem] eram em tons alaranjados, às pupunhas da fotografia de hoje, são verdes em vermelho/laranja e existem aquelas de casca vermelho-amarelo. De nome científico Bactris gasipaes Kunth, da família da Arecácea, é uma palmeira. Com variantes segundo Paulo Cavalcante "Guilielma speciosa Mart., G. gasipaes (Kunth) Bail., Bactris, speciosa (Mart.) Karst".(2) Ela pode ser encontrada em Trinidad, Peru, Colômbia e Venezuela. Nestes países ela recebe o nome de "Peach nut, Pewa (Trinidad); Chonta (Peru); Chontaduro e Cachipay (Colômbia); Macanilla (Venezuela)".(3) A origem provável da pupunha é americana, o autor ainda nos enfatiza que:" conforme relatam os antigos historiadores, a pupunheira tem sido cultivada pelas populações indígenas que nela encontraram uma das mais importantes  fontes alimentares e essa importância passou a ser reconhecida através das celebrações festivas com que muitas tribos marcavam o início da colheita".(4) De uso ancestral era consumida cozida, assada ou em mingau com bananas.


.


.


.


💬 To be continued...


.


.


.


📚✍️🏽Referências.


🛎O conteúdo deste blog está protegido pela lei n° 9.610 datada de 19-02-1998. Ao de utilizá-los, não se esqueça de dar os créditos.

📸 Leila Dias, Abaetetuba-PA. Janeiro de 2023.

(1) Dalcídio Jurandir, Belém do Grão Pará,

Livraria Martins: São Paulo, 1960. p. 44.

(2)(3)(4)CAVALCANTE. Paulo B. Frutas comestíveis da Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Companhia Souza Cruz, 1998, p, 196-187.


Posts recentes

Ver tudo

Pirão

Comments


bottom of page