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A Castanha-do-Pará.



A árvore da Castanha-do-Pará é uma das maiores que temos na floresta. O pastor Daniel Parish Kidder, no ano de 1849, quando esteve no Pará, dizia que: "A castanha dá nos ramos frondosos de uma árvore gigante, a "bertholetia excelsa". Enquanto a fruta é nova- e não empedernida pelo tempo é verdadeiramente deliciosa".(1) Segundo Celestino Pesce, autor de "Oleaginosas da Amazônia", é "uma das maiores árvores da floresta  chegando a uma altura de 50m e possui trinco de 2m (ou mais) na base. As flores nascem em novembro, porém, somente depois de 14 meses seus frutos aparecem maduros, sendo a colheita feita de dezembro em diante, do ano sucessivo à floração". (2) O autor, ressalta ainda a importância do comércio do fruto do castanheiro-do-pará e do intenso trabalho dos coletores na época da colheita. Sobre o fruto ele nos diz que: "O fruto é um ouriço de 10 a 15 cm de diâmetro,  constituído por uma casca lenhosa muito dura, que somente se pode abrir por meio de um terçado ou machado. Cada ouriço contém de 12 a 22 nozes reunidas entre si. (3) A castanha está classificada também como uma fruta oleaginosas da Amazônia, é uma das mais conhecidas mundo afora. Outro viajante que esteve na Amazônia,  entre os anos de 1868-1871, Oscar Canstatt, assim definia a castanheira: "A castanheira brasileira (...) uma bela e grande árvore, cujos frutos são introduzidis no comércio sob o nome de Castanha-do-Pará, é certamente bastante conhecida". (4) A amêndoa da Castanha-do-Pará, tem várias formas as de consumo por aqui, in natura encontrada em saquinhos pela cidade, em bolos, biscoitos e tantas outras delicias, Leandro Tocantins, profundo conhecedor dos hábitos alimentares dos moradores da cidade de Belém,  nos idos dos anos 50, nos dizia:"A Castanha-do-Pará, usada no preparo de bolos, biscoitos e conceitos, é vendida na cidade em saquinhos de plástico.  Ninguém se arrependerá de mastigar a a amêndoa assim mesmo pura: sabor agradável e bem alto índice de nutrição.  Mas se o turista quiser umas castanhas envolvidas em  chocolate ( por sinal, gostosíssimas) é só procurá-las na Fábrica Palmeira". (5) Imaginem a delícia que eram essas castanhas banhadas em chocolate da extinta Fábrica Palmeira?

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💬 E você conhecia as castanhas-do-pará banhadas da Fábrica Palmeira? Me conta! .

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📚✍️🏽 Referências.

📸 Foto retirada do site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  Publicado em 08/05/2020 15h05Atualizado em 08/05/2020 20h45. Acessado em maio de 2022. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/desafios-e-oportunidades-da-cadeia-da-castanha-do-brasil-sao-temas-de-workshops-virtuais (1) Daniel Parish Kidder, Reminiscências de viagens e permanência no Brasil. São Paulo, EDUSP/Martins Ed., 1972. p, 181. (2)(3) Pesce, Celestino. Oleaginosas da Amazônia. 2 ed. Rev e atual. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. Núcleo de Estudos Agrarios e desenvolvimentorural, 2009. p, 300. (4) Canstatt, Oscar. Brasil, a terra é a gente (1868). Rio de Janeiro, Irmãos Pengetti Ed., 1954, p, 56. (5) Leandro Tocantins. Santa Maria de Belém do Grão-Pará instantes e evocações da cidade. 3 ed. Editora Itatiaia Limitada. Belo Horizonte. 1987, p,319.

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