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Vendedora de Frutas de Augusto Fidanza.

Neste domingo compartilho a fotografia maravilhosa de Filipe Augusto Fidanza, intitulada Vendedora de frutas em Belém do Pará, datada do ano de 1869.


As vendedoras de frutas ou também chamadas de quitandeiras podiam vender de porta em porta com suas bacias, cestos e xarões repletos de frutas, doces, verduras, açaí ou outro alimento. Ou ainda, aquelas que tinham ponto fixo para sua venda, na fotografia é possível ver uma vendedora de frutas, nos cestos e paneiros várias frutas como cupuaçu, banana e no paneiro ao que parece pupunha. Muitas outras mulheres como essa da fotografia viviam deste ofício pela cidade de Belém. Em minha tese, analiso várias destas mulheres que percorriam as ruas da cidade fazendo do seu ofício sua sobrevivência e dos seus.(1) Em sua história do jornal A Província do Pará, Carlos Rocque refere-se à Efigência “muito conhecida nesta capital, onde se empregava na venda de doces, frutas etc”.(2) Segundo Beltrão: “pelos cantos (esquinas) era possível ver vendedoras de frutas, que, com seus tabuleiros ou cestos à cabeça, desafiavam sol e chuva para oferecer seus frutos cantando: „merca a boa laranja!‟ lançava uma; „oh, rica banana da hora!‟ dizia outra. (3) Estas vendedoras estavam presentes também na dinâmica de outras cidades ao longo do Brasil. Nesse sentido, no Rio de Janeiro, tínhamos de forma frequente as quitandeiras ou vendedoras ambulantes como nos informa Kidder: “As quitandeiras são as vendedoras de verduras, laranjas, goiabas, maracujás ou frutas da „flor

da paixão‟, mangas, doces, cana-de-açúcar, brinquedos etc (...)”. (4)



Fidanza era fotógrafo português que radicou-se no Brasil no século XIX. Podemos dizer que ele é tido como um dos profissionais mais importantes de sua época. Suas fotografias retratavam pessoas de diversas classes sociais. Ele tinha um importante e procurado ateliê de fotografia em Belém, o ateliê Fidanza & Companhia, localizado no Largo das Mercês que já em 1897 estava em pleno funcionamento. E você já conhecia a obra de Fidanza? Me conta!

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📚✍🏽 Referências.

📌 Lembramos que se você faz uso dos meus textos, peço que dê os créditos e faça a citação. Afinal, aí reside a riqueza da literatura bibliográfica: a sua diversidade de obras.

🛎O conteúdo deste blog está protegido pela lei n° 9.610 datada de 19-02-1998. Ao utilizá-los, não se esqueça de dar os créditos.

📸Fidanza, Felipe Augusto. Vendedora de frutas em Belém do Pará. 1869. Monocromática/ Sepia, 9,2 X 5,5 cm.

Albumina/ Prata. LEIBNIZ-INSTITUT FUER LAENDERKUNDE, LEIPZIG. Belém-PA, Brasil. Fonte: Convênio Leibniz-Institut fuer Laenderkunde, Leipzig/ Instituto Moreira Salles. In:

https://brasilianafotografica.bn.gov.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/4510

📸 Reprodução do Retrato de Filipe Augusto Fidanza. In: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=4274

(1)Macêdo, Sidiana da Consolação Ferreira de. A Cozinha Mestiça uma história da alimentação em Belém. (Fins do século XIX e início do século XX). PPGHIST. UFPA, 2016. p. 52-53-54.

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8849

(2)Apud ROCQUE, Carlos. História de A Província do Pará. Belém: Mitograph Editora LTDA, sem data, p. 22.

(3)BELTRÃO, Jane Felipe. A andarilha em Belém, Cidade do Pará oitocentista. In: BELTRÃO, Jane Felipe; VIEIRA JÚNIOR, Antonio Otaviano (Orgs.). Conheça Belém, co-memore o Pará. Belém: EDUFPA, 2008, p. 68. (4) Apud ACAYABA, Marlene

Milan; ZERON, Carlos Alberto (Orgs.). Usos e costumes da Casa Brasileira. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 2000. p, 230.










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